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Nº 5868
Política Prefeitura de Maceió já trabalha para recuperar o calçadão da orla marítima da Jatiúca

MARÉ AVANÇA EM MACEIÓ E JHC VAI A SANTA CATARINA CONFERIR OBRA DE ALARGAMENTO DA ORLA

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Por THIAGO GOMES e RAFAEL ALVES | Edição do dia 10/09/2021 - Matéria atualizada em 10/09/2021 às 04h00

O prefeito de Maceió, JHC (PSB), vai viajar ao litoral catarinense para conferir de perto como está sendo executado o projeto ousado de alargamento da orla no município de Balneário Camboriú. De acordo com a administração, a previsão é que o gestor fique por lá até esta sexta-feira (10). Em Santa Catarina, JHC vai visitar a sede da Prefeitura Municipal de Balneário e conhecer o plano de proteção da costa e da infraestrutura turística. Ele estará acompanhado do coordenador executivo do gabinete, Claydson Moura, que, também, exerce a função de coordenador do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de Enfrentamento à Covid-19. A Prefeitura de Maceió ainda não informou se há intenção de o prefeito tocar uma obra desta magnitude na capital. O avanço da maré tem causado estragos em diversos pontos da orla marítima, a mesma situação registrada em Camboriú. Na Praia Central do Balneário, no Litoral Norte catarinense, foi iniciada, no mês de março deste ano, uma obra de alargamento da orla marítima. A intenção da prefeitura é passar a faixa de areia de atuais 25 metros, em média, para 70 metros. Pela estimativa, o trabalho vai permitir, além da proteção da orla contra o avanço das marés, a criação de espaços privilegiados para os moradores e os visitantes. A reestruturação costeira e recuperação da vegetação de restinga ainda são esperados. Espaços ao ar livre para esporte, lazer, uma nova ciclovia, paisagismo diferenciado, serão instalados futuramente. Ainda há expectativa de que o sombreamento da orla, causado pela enorme quantidade de prédios na região, seja resolvido. Os turistas reclamam que, à tarde, o sol não incide na praia. A obra vai custar R$ 67 milhões e a previsão é de que seja concluída em novembro. Os trabalhos são feitos por um consórcio de duas empresas, a brasileira DTA Engenharia e a belga Jan De Nul, vencedor da licitação realizada pelo município. Em Maceió, em diversos pontos da orla marítima, o mar já avançou bastante, prejudicando comerciantes e donos de barracas na parte mais nobre da cidade. A barraca Itapuã, localizada na Avenida Álvaro Otacílio, foi recentemente demolida pela Defesa Civil. A barraca é um exemplo do que o aumento das marés pode causar na vida do cidadão maceioense. A demolição aconteceu após recomendação da Defesa Civil de Maceió, uma vez que foi constatado que o espaço tinha risco iminente de desabamento e colocava em risco pessoas que transitam pela região. Bem ao lado, outro estabelecimento vive uma situação distantemente parecida, o bar e restaurante Buenos Aires fica bem no meio do caminho entre o Itapuã e uma faixa da orla que desabou e teve o acesso bloqueado por grades da prefeitura. Por lá, a colaboradora Ivanilda comentou sobre a situação do lugar neste momento, segundo ela. “Se algo acontecer com o bar, não prejudica só o dono, a gente também perde o emprego”. Além disso, Ivanilda falou sobre as visitas da Defesa Civil e contou que os peritos foram até o lugar, disseram que iriam começar uma obra de reestruturação na edificação nesta semana, “mas nada foi feito”. A colaboradora comentou também que existem turistas que ficam com medo de caminhar pela faixa de areia, já que o mar já está bem próximo do quebra-mar, construído para que a maré não desgaste a fundação do restaurante. Saindo da orla e caminhando pela areia, ambulantes que dependem do aluguel de cadeiras distribuídas na faixa de areia também reclamam da situação.

* Sob supervisão da editoria de Política

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