A MPE, via as Promotorias de Controle Externo, neste momento faz gestões para a integração funcional, operacional e administrativa das Policias Civil e Militar. Promotores como Karla Padilha avaliam que a PM tem condições de lavrar adequadamente os Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs), por atuar na ponta dos casos. Hoje, a atividade é restrita à Polícia Judiciária [Polícia Civil]. “Se a PM atuar como parceira e podendo lavrar TCOs em crimes de pequeno poder ofensivo, como, por exemplo, a perturbação da ordem, haveria divisão de tarefas para as duas instituições”.
A proposta divide opiniões nas duas polícias. Os militares admitem a possibilidade desde que haja investimentos para isso. Por outro lado, os policiais civis observam que a tarefa da PM é a garantia do policiamento ostensivo e preventivo, enquanto a PC atua como polícia judiciária. O que une as duas instituições é a cobrança em investimentos na formação e aperfeiçoamento das atividades. O MPE reconhece as dificuldades na integração ampla das atividades. No entanto, observa que as operações, como os da força-tarefa, ocorrem com a integração das polícias, MP e órgãos de fiscalização e controle. Os resultados são positivos para aplicação da lei. O controle externo também pensa numa polícia com atuação mais humana e que não assuste a sociedade. Por isso, defende a Polícia Comunitária como instituição de interesse coletivo e de aproximação. “A sociedade não pode temer a polícia, precisa confiar no aparelho de segurança como parceiro”, observou a promotora Karla Padilha