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Nº 5897
Política Maceió, 25 de fevereiro de 2022
Conjunte de prédios Residencial Parque da Lagoa. Localizado no bairro do no Vergel do Lago, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

CHEIAS OBRIGARAM ESTADO A RETOMAR POLÍTICA HABITACIONAL EM 2010

Prefeito JHC diz que construiu duas mil unidades em seu primeiro ano de governo e questiona falta de projetos da gestão Renan Filho

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 26/02/2022 - Matéria atualizada em 26/02/2022 às 04h00

Com o fim do BNH (1987) e da Cohab (2018), as gestões estaduais abandonaram a política de habitação popular. A cheia de 2010, porém, forçou o governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) a retomar o programa em parceria com o governo federal para socorrer milhares de famílias que tiveram suas casas destruídas pelas chuvas e cheias nos rios Mundaú e Paraíba. O prefeito JHC (PSB), que já exerceu cargos de deputado estadual e federal, disputou e venceu as eleições municipais passadas, constatou que nesse período de militância não percebeu a política habitacional do Estado. “Nos últimos sete anos não vi nenhum programa de moradia popular e nenhum programa articulado pelo governo Renan Filho (MDB)”. O prefeito, no entanto, acompanhou na gestão do governo estadual anterior, de Teotônio Vilela Filho (PSDB) [período de 2007/2014), a entrega de mais de 17 mil unidades habitacionais em municípios de Zona da Mata, dos Vales do Mundaú e Paraíba, que ficaram destruídos pelas cheias de 2010. As cheias do 2010 nos municípios das três regiões causaram a morte de mais de 50 pessoas, deixaram dezenas de desaparecidos e mais de 90 mil desalojados e desabrigados. Diante das críticas e ao ser questionado quantas casas populares construiu em um ano de governo na prefeitura de Maceió, JHC respondeu de pronto: “duas mil unidades habitacionais”. Acrescentou que, até o final do ano pretende dobrar entregas de unidades habitacionais para a população das áreas de vulnerabilidade social e de risco. Os projetos são da prefeitura executados em parceria e articulado junto com o governo federal. “A gente entende que a política precisa ajudar quem mais precisa. Por isso, é preciso buscar apoio, parceria e ter consciência cívica da impossibilidade de pensar neste momento, no quanto pior melhor. A gente tem feito articulações institucionais para executar programas para quem mais precisa em Maceió. Isso tem dado certo e os resultados já aparecem”. O grupo político de sustentação a gestão do prefeito, formado pelo PSB, PSDB, DEM, PDT entre outras siglas, está montando uma chapa majoritária para disputar a sucessão do governo estadual nas eleições gerais de outubro. Uma das plataformas de campanha é a retomada de projetos de construção de casas populares, revelou JHC. “Habitação é resgatar a dignidade, promover saneamento básico, melhorar o Índice de Desenvolvimento Urbano [Alagoas aparece como último no ranking do IDH Municipal, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento Humano (PNUD) intitulado Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil de 2013], melhorar a qualidade de vida das comunidades, das famílias e das pessoas”. Como exemplo destacou que na orla lagunar, em vez de construir banheiro público para a população em extrema vulnerabilidade social, está construindo 1.776 moradias para quem hoje vive em barracos de madeira e em condições sub-humanas na orla. “Os apartamentos têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro digno, infraestrutura de convivência com playground, quadra poliesportiva, espaços para as pessoas viverem com dignidade”. Garantiu ainda que não construirá os apartamentos, entregar os imóveis e depois virar as costas. O local terá acompanhamento de vigilância, de limpeza comunitária regular e será mantido com ajuda das comunidades.

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