A segunda metade do século XX começou com a GAZETA não mais pertencendo ao velho Silveira. O jornal passou a ser o mais lido jornal do Estado na segunda metade do século passado, quando se tornou a pioneira das empresas da Organização Arnon de Mello. Começou exatamente aí a ressurreição do mais antigo jornal de iniciativa privada em circulação no Estado atualmente. O construtor da nova Gazeta foi justamente o jornalista Arnon Affonso Farias de Mello, que se radicou no Rio de Janeiro no início de 1930. Matriculou-se na Faculdade de Direito e conseguiu o primeiro emprego de jornalista na antiga capital do País no jornal A Vanguarda. Transferiu-se para o Diário de Notícias. Ficou amigo de Humberto de Campos, o maior cronista da época, e, por meio dele, passou a trabalhar nos Diários Associados, de Assis Chateaubriand. Assim que passou a administrar a Gazeta, decidiu reforçar o quadro de redatores e repórteres com nomes já notáveis como jornalistas combativos no Diário do Povo, um dos jornais destruídos no apogeu do silvestrismo – Donizetti Calheiros, com a coluna Converse Comigo; Luiz Leal e Zadir Cassela –, que logo foram, no novo emprego, secretários de redação) e Genésio Carvalho. Mais o jornalista Carlos Moliterno (editoria da Página Literária); os professores Sílvio de Macedo e Afrânio Lages (assuntos internacionais), entre outros colaboradores. Arnon não só manteve como ampliou a seleção de jornalistas, gráficos e articulistas, incluindo entre os jornalistas profissionais ou não, outros alagoanos e pessoas de renome nacional, destacando-se no rol dos primeiros Lima Júnior, Félix Lima Júnior e Aurélio Buarque de Holanda.