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Nº 5897
Política Vânia Pires, recomendou prudência e avaliação individualizada sobre a utilização ou não da proteção facial.

ESPECIALISTA RECOMENDA CAUTELA SOBRE LIBERAÇÃO DE MÁSCARAS

Vânia Pires diz que flexibilização não obriga ninguém a tirar a máscara e que cabe a cada pessoa decidir sobre proteção individual e coletiva

Por DA REDAÇÃO COM TV GAZETA | Edição do dia 15/03/2022 - Matéria atualizada em 15/03/2022 às 04h00

A notícia sobre a desobrigação do uso de máscaras em Alagoas – em locais abertos – e em Maceió, em ambientes abertos e fechados, surpreendeu especialistas. Em entrevista à TV Gazeta, a presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia, Vânia Pires, recomendou prudência e avaliação individualizada sobre a utilização ou não da proteção facial. Ela avalia que a cobertura vacinal não é uniforme em todo o Estado e observou que mesmo em Maceió, onde há maior proporção de pessoas vacinadas, muita gente não completou o ciclo vacinal. “Quando a gente fala numa pandemia dessas, temos três pilares: local, tempo e indivíduo. A gente sabe que as taxas de cobertura vacinal, que são tão necessárias para que haja uma prevenção dessa doença, não são uniformes em todo o Estado, a gente sabe que a capital está muito mais avançada do que no interior e que as pessoas não estão com as três doses de vacinas ainda, então não estão ainda imunes para essas novas variantes, principalmente as próximas que estão chegando”, alerta. A infectologista lembra que têm surgido novas variantes na China e na Europa e que ainda não se sabe quais são os efeitos dos imunizantes sobre elas. Por isso, adverte que as pessoas tomem cuidados, principalmente em ambientes fechados. Ela faz recomendação especial às pessoas com imunidade baixa. “A sublinhagem BA.2 já está grassando na China, na Alemanha, em Londres, as pessoas estão viajando, e a gente não sabe qual é o impacto dessas vacinas com a nova variante, então nesse sentido, a nossa recomendação é que, principalmente nos ambientes fechados, e mais ainda naqueles indivíduos idosos, com comorbidades e imunossuprimidos não devem se abster do uso de máscaras. Essa é nossa recomendação”, afirma a médica Vânia Pires. “Nós não temos ainda uma vacina que seja 100% para todas as variantes e nem ela é igual para todas as pessoas. Tem aqueles indivíduos que não têm uma resposta imunológica semelhante”, complementa a especialista. A médica alerta para a chegada do inverno, período em que aumenta a sazonalidade para a disseminação de vírus e infecções respiratórias. “Está chegando o inverno, e nós sabemos que a gripe é uma doença sazonal. Estamos esperando as doenças respiratórias, síndromes gripais que podem ser confundidas com outras doenças, inclusive a própria Covid”, comenta. Ela observa, ainda, que a decisão tira a obrigatoriedade do uso, mas ressalta que a decisão é individual. Ou seja, cabe a cada pessoa a consciência e o discernimento sobre os riscos que está disposto a correr. Da mesma forma, ela questiona se uma pessoa contaminada terá, em não sendo obrigada, a responsabilidade de seguir usando máscaras para não contaminar outras pessoas. E enfatiza: em ambientes de grande proximidade, como o transporte púbico, não se deve abrir mão da proteção. “Quando se faz a desobrigação do uso de máscaras não significa que não se possa usar. Quem se sentir no grupo que precisa usar máscaras, vai usar, mas será que todos têm o discernimento de que precisa usar máscaras se está com síndrome gripal, se está dentro de um avião, de um coletivo, muito próximo dos outros, você tem que usar máscaras. Se você está dentro de um ambiente mais fechado, é recomendável usar máscaras”, analisa Vânia Pires.

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