app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5897
Política

PRÉ-CANDIDATOS FAZEM AS CONTAS SOBRE NÚMERO DE VOTOS PARA SE ELEGER

Para cientista política, expectativa é que renovação no Legislativo estadual fique em torno de 45%

Por ANNA CLÁUDIA ALMEIDA | Edição do dia 16/07/2022 - Matéria atualizada em 16/07/2022 às 04h00

A partir do dia 20 de julho, os partidos políticos estarão liberados para realizar as convenções partidárias e confirmar os pré-candidatos que vão disputar o governo, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa em 2022. Os eventos podem ser realizados até o dia 5 de agosto conforme a Lei da Reforma Política (nº 13.165/2015). O primeiro turno das eleições será em 2 de outubro e o segundo, se houver, está previsto para o dia 30. Após a escolha das candidatas e candidatos nas convenções, as siglas poderão solicitar o registro das candidaturas perante a Justiça Eleitoral. A federação de partidos registrada no TSE também está habilitada a participar das eleições, sendo que, neste caso, as convenções deverão ocorrer de forma unificada, como a de uma única agremiação. Mas a movimentação política se inicia antes mesmo das convenções. É que neste momento, líderes partidários, parlamentares que buscam reeleição e pré-candidatos seguem nos bastidores debruçados nos cálculos matemáticos tentando prever o que somente as urnas trarão como respostas. Com a definição das vagas de deputado estadual e federal sendo feitas pelo sistema proporcional, tão importante quanto a votação individual é a soma de votos do partido. Nesse sistema, é a legenda – ou a federação partidária – quem conquista as cadeiras para, então, os mais votados de cada agremiação serem eleitos. Enquanto isso, qualquer projeção é possível neste momento, já que os cenários podem se modificar nos próximos dias, a depender da confirmação de quem, de fato, colocará o nome na disputa pelas vagas na Câmara Federal e no Legislativo alagoano.

ELEIÇÕES 2018

Tendo como parâmetro as últimas eleições, em 2018, as nove vagas para deputados federais foram distribuídas por partidos diferentes – PSB, PP, PSD, PR, PTB, MDB, PRB, PT e PSDB. Na época, JHC (PSB) foi o candidato que obteve maior número de votos, 178.642, eleito com 12,25%; já Tereza Nelma (PSDB), com 44.207 – o que correspondeu a 3,03% dos votos, foi a eleita com menor votação. Quatro dos eleitos foram novatos – três deles eram deputados estaduais e uma era vereadora por Maceió. Na Assembleia Legislativa, o MDB foi o partido que teve o maior número de cadeiras, um total de seis; na sequência vieram o PP e PRTB, com quatro cada um. E foi justamente do MDB que teve a maior votação com a candidata Jó Pereira; ela foi eleita com 53.707 votos (3,59%); já Silvio Camelo (PV) foi eleito com 1,04% dos votos, recebendo um total de 15.594. Dos 27 deputados estaduais, 15 foram reeleitos para o cargo. O cenário para essas eleições pode se manter. Segundo a cientista política, Luciana Santana, ao falar em projeções para as vagas na Casa de Tavares Bastos, a expectativa é de que o MDB possa manter ou até ampliar as cadeiras. “O partido formou um grupo muito consistente e há grandes chances de se manter o quadro na Assembleia Legislativa, há mais força e a tendência é ter mais candidatos eleitos pelo partido. As apostas são nomes de peso que podem trazer esse êxito. Então, acredito que as demais vagas vão ser fragmentadas”, avalia Santana. Já quando se trata da Câmara Federal, as projeções são diferentes. “Neste cenário não visualizo grandes apostas do MDB, nomes fortes. Quem se destaca é o Arthur Lira que deve conquistar uma boa votação, acredito que o partido possa ter dois ou três deputados eleitos e as demais vagas com fragmentação entre outros partidos”, acrescentou. Quanto à renovação, a expectativa é de que fique em torno dos 45%. “Esse percentual deve ser a média na Assembleia Legislativa. Para deputado federal, a renovação nas vagas pode ficar com um percentual um pouco menor”, finalizou a cientista política.

Mais matérias
desta edição