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Nº 5897
Política Maceió, 05 de setembro de 2022

Debate da TV Mar com os candidatos ao governo de Alagoas.

Foto:@Ailton Cruz

CANDIDATOS RESPONDEM A JORNALISTAS SOBRE AGRICULTURA, ESTRADAS E EDUCAÇÃO

Durante o debate de ontem à noite na TV MAR, os jornalistas da Organização Arnon de Mello voltaram a abordar os candidatos sobre os problemas do Estado. Rogério Costa lembrou que o pouco que é produzido não é escoado por falta de estradas e perguntou o qu

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 06/09/2022 - Matéria atualizada em 06/09/2022 às 04h00

/Maceió, 05 de setembro de 2022

Debate da TV Mar com os candidatos ao governo de Alagoas.

Foto:@Ailton Cruz
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Debate da TV Mar com os candidatos ao governo de Alagoas.

Foto:@Ailton Cruz
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Debate da TV Mar com os candidatos ao governo de Alagoas.

Foto:@Ailton Cruz
/Maceió, 05 de setembro de 2022

Debate da TV Mar com os candidatos ao governo de Alagoas.

Foto:@Ailton Cruz

Durante o debate de ontem à noite na TV MAR, os jornalistas da Organização Arnon de Mello voltaram a abordar os candidatos sobre os problemas do Estado. Rogério Costa lembrou que o pouco que é produzido não é escoado por falta de estradas e perguntou o que fazer para garantir isso e aumento da produção? “A agricultura foi trágica nos últimos anos, com a secretaria politizada ao extremo. O pequeno produtor alagoano foi abandonado. Em União, os produtores reclamaram que estão produzindo e não tem como escoar. Em Maragogi, agora, tem uma máquina lá piçarrando para melhorar a estrada. Quando prefeito, fomos os primeiros a comprar da agricultura familiar. O produtor agora não tem assistência técnica. Não existe assistência técnica, e a Emater está sucateada. O Paulo Dantas não veio, pois disse que ia trabalhar, mas amarelou”, atacou Rui. Ao comentar a resposta, Almeida lamentou o fato. “Mais uma vez a cada quatro anos, esses problemas não são resolvidos por falta de vontade. Iremos dotar nossas secretarias para alavancar a nossa produção”, garantiu o candidato do PRTB. O jornalista Thiago Gomes falou sobre infraestrutura e lembrou que a AL 101 Norte foi amplamente divulgada porém não foi concluída. E quis saber se está prevista no plano de governo dos candidatos. Segundo o candidato Cícero Albuquerque, é precisa compreender o tema além da construção de estradas. “Queremos ampliar a visão de infraestrutura. Com saneamento, habitação e o que vem sendo sonegado ao nosso povo. Não quero pensar em infraestrutura como estrada. Quando pensamos nisso, esquecemos das pessoas. Amplio o nosso entendimento, que as pessoas que estão nessas regiões precisam de acesso para atender ao povo pobre”, disse Cícero Albuquerque. Collor, por sua vez, completou dizendo: “Fico feliz em comentar porque a última intervenção em saneamento foi feita em meu governo, na Bacia da Pajuçara. Em relação à AL 101 Norte, temos que continuar essa duplicação meia boca que foi feita”. Mariane Rodrigues, em sua segunda oportunidade, cobrou uma posição dos candidatos sobre educação e a valorização dos professores. Coube ao senador Collor responder inicialmente. “Temos que estabelecer e implantar valores e, dentro desse novo quadro, investir na metologia e tecnologia para nosso magistério ser elevado e enfrentarmos, neste momento, esse conjunto de desafios que se apresentam. Não podemos deixar de entender essa realidade”, disse Collor. Cícero, que é professor em atividade, ressaltou o olhar social. “A realidade é mais bruta. O jovem não tem o que comer. O professor vive um problema emocional. Os jovens não têm condição nenhuma de acompanhar essa tecnologia. Os colegas de sala estão sofrendo como nunca sofreram”, destacou.

3° BLOCO

Com temas previamente sorteados, coube aos candidatos iniciarem este bloco falando sobre: Desenvolvimento Econômico e Turismo. Rui perguntou a Fernando Collor: “Em relação a isso, clamamos por investimentos privados, temos polos no interior, mas o governo do Estado não investe para que novas empresas cheguem. Qual sua política para esta área?” Collor: “Desenvolvimento regional há uma comissão no Senado a qual sou presidente. Discutimos isso e chegamos à conclusão que o que há é a falta de qualificação da mão de obra e tecnologia. Não precisamos apenas de incentivos fiscais, pois serão extorquidas por um terrorismo que a Secretaria da Fazenda vem realizando. Nossos industriais precisam ter uma segurança para trabalhar”. Rui: “Reafirmo compromisso com o turismo, pois fiz isso nos meus dois mandatos. O trade irá indicar o futuro secretário. Temos grandes investimentos instalados em Alagoas, que buscam mão de obra em Pernambuco. Precisamos capacitar nosso jovem. Collor: “Nosso turismo é uma vertente econômica para nosso Estado. Temos que interiorizá-lo. Uma estrada que margeie o São Francisco.

TECNOLOGIA

Fernando Collor pergunta a Cícero Albuquerque: “Como entende que a tecnologia pode ajudar ao desenvolvimento e tirar a população na situação em que se encontra?” Cícero: “Não sou do tempo do ronca. As tecnologias já existiam naquela época. O que precisamos é de uma tecnologia social. Um exemplo é a cisterna, que mudou a vida de pessoas no semiárido nordestino”. Collor: “Essas tecnologias são do homem da idade da pedra. São tecnologias do tempo ronca e olhe lá. Estamos falando da tecnologia que está transformando o mundo. Temos que ter visão de futuro com olhar social e humano. Trazer o nosso sentimento para os que sofrem hoje”.

MEIO AMBIENTE

Cícero Albuquerque perguntou a Rui: “Tivemos um crime ambiental que estourou na sua mão (Braskem). O que devemos fazer para que no futuro outros crimes como o da Braskem não voltem a acontecer?” Rui: “Enquanto prefeito, fomos buscar os primeiros técnicos no Rio Grande do Norte. Avaliaram que precisavam de novos profissionais. Fomos a Brasília e buscamos na CPRN e descobrimos que a causadora era a Braskem. Isentamos os moradores de IPTU, taxas e impostos, conseguimos o aluguel social e passamos a monitorar a região. É inconcebível que a Braskem ainda receba incentivos fiscais do governo alagoano. Esses incentivos eu vou cortar” Cícero: “Nosso governo não vai tolerar que desenvolvimento econômico que afeta a natureza e vida das pessoas”.

INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO

Luciano perguntou a Cícero: “Qual será sua iniciativa para o canal do Sertão? Qual o caminho mais célere?”

Cícero: “O desafio que temos é mudar a rota dos investimentos para que cheguem aos que mais precisam. D. Pedro 1° já falava isso. Tem uma grande quantidade de pequenos produtores que estão perto e não têm acesso a isso. Alguns grandes produtores souberam do canal e compraram muita terra. Iremos criar uma escola técnica para formar jovens para trabalhar para os pequenos”.

Almeida: “Entra governo e sai governo, e os problemas e as soluções são as mesmas. Temos que demonstrar uma nova forma de fazer política. Se fala no canal há mais de 30 anos e o que falta é gestão e vontade”.

4° BLOCO

Considerações finais

Collor: “Lamentamos a atitude desrespeitosa dos candidatos Cunha e Dantas. Sinto também que nesses dois debates o tema cultura não tenha sido destacado pelos organizadores. Gostaria de dar uma palavra especial para os enfermeiros, que agora o ministro do STF suspendeu a aplicação do piso a essa classe. E que essa política sancionada pelo presidente Bolsonaro seja revisto para essas pessoas que vivem para salvar vidas”.

Luciano Almeida: “Sou diferente pois estou aqui por uma decisão judicial. Enquanto uns fogem, fiz questão de vir. Quero discutir Alagoas. Se quiserem marcar nos suntuosos comitês eu vou. Chega de estarmos a cada quatro anos discutindo as mesmas coisas. Sou um advogado há 29 anos que aprendeu a ouvir o diferente, pois é assim que se aprende. Não sou o dono da razão, mas quero ouvir a todos”.

Rui Palmeira: “Saudar aos candidatos que tiveram a coragem de vir aqui. O candidato Dantas disse que ia trabalhar e que está fazendo uma caminhada. Cunha está nas redes sociais dançando. Fiz dez mil casas e deixamos seis mil para ser entregues. Na educação, fomos a capital que mais avançamos no Ideb. Hoje já lideramos as pesquisas em Maceió. Estamos prontos para administrar Alagoas”.

Cícero Albuquerque: “Nossa candidatura nasceu no Quilombo dos Palmares. O sonho, a inspiração a vontade de sermos livres. O melhor governo desse país foi feito por Zumbi e Dandara, com os negros e indígenas. Quero dizer ao povo alagoano que tenho um sonho e a esperança do povo pobre que luta todo dia para viver com dignidade. Esse sonho era para ser todos, mas não é por quem não sabe como vivem os pobres. Cunha e Dantas, vocês se acovardaram!”.

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