Cinco municípios alagoanos podem ter tropas federais no próximo dia 2 de outubro. O pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) atendeu pedido feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP). No ofício encaminhado ao órgão, ele teme por conflitos nas cidades de São Sebastião, Campo Alegre, Junqueiro, Teotônio Vilela e Matriz do Camaragibe. O pedido, agora, será avaliado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, na semana passada, aprovou pedido de tropas para Satuba e Pilar. O pedido formulado pelo candidato à reeleição teve como relator o próprio presidente da corte eleitoral, desembargador Otávio Praxedes. Diante das informações repassadas parlamentar ele acabou deferindo o pedido. “De acordo com o apresentado no pedido de tropas federais, de acirrada e violenta disputa política nas mencionadas localidades, com o sério risco de interferir no livre exercício do voto dos eleitores e eleitoras, de provocar instabilidade no processo de votação e apuração dos resultados, bem como gerar um clima de ameaça que possa resultar em prejuízo irreparável ao processo político democrático, verifico a necessidade, em caráter excepcional, de reforço na segurança das eleições nos municípios”, justificou Praxedes. Segundo Lira, em todas elas há um clima de disputa acirrado e “insustentável”. Como exemplo citou que em Junqueiro, Teotônio Vilela e Campo Alegre existem grupos antagônicos que se opõem e consequentemente acabam influenciando seus correlegionários. O parlamentar chega a citar que o prefeito de Junqueiro lidera um grupo político adversário da vice-governadora Jó Pereira (PSDB), que integra a chapa encabeçada pelo senador Rodrigo Cunha (União Brasil). Já em Matriz do Camaragibe, ele destacou a influência do prefeito Fernando Cavalcante, filho do ex-prefeito Cícero Cavalcante, um importante aliado político do ex-governador Renan Filho e seu pai, o senador Renan Calheiros. No pedido, Lira chega a afirmar que Cícero costuma circular no dia do pleito cercado de forte aparato de segurança composto por integrantes da Guarda Municipal. Tal atitude, em plena votação pode servir como persuasão para a manifestação livre dos eleitores contrários ao seu grupo político. Das cinco cidades envolvidas no pedido formulado por Lira, apenas a 47° Zona Eleitoral justificou que não seria necessário o reforço na segurança, já que a cidade de Campo Alegre não possui histórico de tensões políticas.

ARTICULAÇÃO

Ontem, o presidente do TRE também realizou uma importante reunião ao lado do corregedor, desembargador Alcides Gusmão com os juízes eleitorais. De acordo com Praxedes, foi uma excelente oportunidade para estreitar a comunicação com os magistrados que vão estar na ponta do processo conduzindo o pleito na capital e interior. Compareceram ao encontro os juízes Maysa Cesário (1ª Zona), Pedro Ivens Simões (2ª Zona), Sérgio Persiano (3ª Zona), Geraldo Amorim (54ª Zona) e Fátima Pirauá (33ª Zona) estavam acompanhados dos seus chefes de cartórios, responsáveis diretos pela organização da eleição em Maceió. Também participaram da reunião o juiz auxiliar da Presidência do TRE, Hélio Pinheiro, o diretor-geral Maurício Omena e o secretário de Administração, José Ricardo Araújo.