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Nº 5897
Política

ORÇAMENTO E ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA MOVIMENTAM BASTIDORES DA ALE

Deputado Marcelo Victor é favorito para uma nova eleição; Bruno Toledo seria o plano B

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 05/11/2022 - Matéria atualizada em 05/11/2022 às 14h26

Dois temas movimentam os bastidores da Assembleia Legislativa neste final de semana e devem dominar a pauta das discussões na terça-feira, quando o parlamento retorna às atividades no plenário: um tema é a discussão do orçamento do Estado fixado em R$ 14.596.847.877,00 para 2023. Neste momento a Lei Orçamentária Anual tramita nas comissões parlamentares.

O deputado Gilvan Barros Filho (MDB) - presidente da Comissão de Orçamento - acredita que até o dia 15 de dezembro a LOA estará aprovada. O outro tema da cena política é a composição da nova Mesa Diretora do Legislativo para o biênio 2023/2024.

Os governistas ocupantes da maioria das 27 cadeiras da ALE têm dois nomes para a presidência do Poder. Um deles é o do atual presidente, deputado Marcelo Victor (MDB), e o plano “B” é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Bruno Toledo (MDB).

Entre os 27 parlamentares que assumem a partir de janeiro, 17 foram reeleitos e 10 são novatos na Assembleia. No entanto, os novos parlamentares não são “marinheiros de primeira viagem. Eles estão na atividade política há muito tempo porque alguns foram vereadores, ou prefeitos, gestores estaduais, municipais e/ou são parentes [irmão, primo e mãe] de políticos conhecidos.

O MDB é o partido mais forte com 14 cadeiras, em segundo lugar vem o PP com quatro, seguido pelo UB com três, Republicanos com dois deputados, PT tem um, PL com uma cadeira, PV com um parlamentar e Avante também com um deputado.

De acordo com essa configuração e com o cenário político atual, os governistas da ALE enfrentarão oposição, em tese, de apenas cinco parlamentares: quatro do PP que é presidido pelo deputado Arthur Lira (também presidente da Câmara Federal), e um do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro que conseguiu reeleger o deputado cabo Bebeto.

Mesmo assim, o deputado Marcelo Victor conta com a simpatia da maioria dos supostos opositores. Contudo, para Victor poder disputar o terceiro mandato consecutivo será preciso aprovar um Projeto de Emenda à Constituição que hoje fixa a presidência da Assembleia para apenas dois mandatos consecutivos. Marcelo Victor tem evitado falar no assunto.

Já o deputado Bruno Toledo, apontado como plano “B” na disputa pelo comando da mesa diretora do Legislativo, por enquanto sem adversário de oposição, diz que “o meu candidato à presidência da Assembleia é o deputado Marcelo Victor, um líder é visto como o nosso candidato. Não discuto outra possibilidade neste momento”.

Todavia, ele tem circulado com mais frequência e conversado muito nos bastidores políticos. Ao ser questionado se poderia encabeçar a chapa pela disputa da presidência da Casa de Tavares Basto em caso de impedimento constitucional do atual presidente, novamente Bruno Toledo, afirmou que, “o voto para a presidência da Assembleia é do deputado Marcelo Victor. Qualquer outra posição vem depois de uma ampla discussão do grupo de apoio ao presidente da Assembleia Deputados como Gilvan Barros Filho (MDB), presidente da Comissão de Orçamento, também está fechado com o grupo.

O deputado Francisco Tenório (PP) que vai para o oitavo mandato parlamentar consecutivo (seis de deputado estadual e dois de federal), não bateu o martelo com relação ao futuro da mesa diretora. Reconhece que o nome mais forte é o do atual presidente. Em caso de impedimento constitucional, observa-se que a movimentação é favorável ao presidente da CCJ, deputado Bruno Toledo. A maioria dos 14 parlamentares emedebistas também tem dois candidatos à presidência da Assembleia, um deles é a segunda opção.

Se confirmada a candidatura de Bruno Toledo, acredita-se que o deputado Marcelo Victor irá compor a chapa como o 1º Secretário de Mesa Diretora. O posto é considerado como o mais importante depois da presidência porque é quem comanda a administração do orçamento do Legislativo. “Sem dinheiro não se faz nada”, disse um dos deputados governistas reeleito que prefere o anonimato.

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