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Nº 5897
Política

LULA DIZ QUE ‘VAI CONTINUAR BATENDO’ NO BC PARA REDUZIR JUROS

Comitê de Política Econômica se reúne hoje para definir taxa, mas não há indicação de queda

Por DA REDAÇÃO - COM CNN BRASIL | Edição do dia 22/03/2023 - Matéria atualizada em 22/03/2023 às 04h00

Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, ontem, em entrevista à TV 247, novas críticas a taxa de juros a 13,75% no Brasil e declarou que “vai continuar batendo” no Banco Central. No entanto, a relevância da pressão para um corte nos juros após a reunião ainda é incerta. Ao longo das últimas semanas, o esforço de Lula e sua ala politica se concentrou em expor os resultados da falência do ciclo de juros, que começaram a ficar explícitas nas paralisações de alguns setores da economia, como a indústria automotiva. Até o momento, não dá para ter certeza se os argumentos colocados pelo presidente serão o suficiente para impactar a decisão do Banco Central sobre o juro. Para isso, a instituição precisaria mudar a percepção sobre a economia brasileira e sobre os rumos da inflação até o anúncio desta quarta-feira (22). Anteriormente, existia a esperança de que o marco fiscal poderia mudar a página desta discussão, mas como o tema não será apresentado, agora resta saber se o Banco Central será sensível. Neste contexto, o cenário externo é o principal fator que mudou nos últimos tempos e que poderia alterar a percepção do Banco Central. Porém, no mundo da economia ninguém acredita que o Banco Central irá cortar o juro após a próxima reunião do Copom. A avaliação é de que, por enquanto, não existem indicações de que o BC irá reagir às declarações do presidente. Mesmo com uma não diminuição da taxa de juros, o tom da próxima ata divulgada pelo Copom será essencial para ditar o rumo da relação conturbada entre o presidente Lula e o Banco Central. Isso porque a ata anterior foi descrita como “malcriada” pelo Planalto e fez o presidente passar a criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, abertamente. O mínimo que o governo espera é uma mudança no tom na divulgação do Copom, com uma sinalização mais otimista.

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