app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5897
Política

LUCIANO PODE FICAR INELEGÍVEL POR USO DE AERONAVE DA SSP

Prefeito de Arapiraca é acusado de usar helicóptero oficial para ir a cavalgada no interior de Pernambuco

Por thiago gomes | Edição do dia 15/04/2023 - Matéria atualizada em 15/04/2023 às 04h00

O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (MDB), pode ser denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) por ato de improbidade administrativa. Ele é acusado de ter utilizado um helicóptero da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), em 2020, para levá-lo a uma cavalgada no município de Bom Conselho, no interior de Pernambuco, enquanto exercia o cargo de vice-governador de Alagoas. Ele é alvo de uma investigação e, até agora, não conseguiu convencer o órgão ministerial de que agiu dentro da legalidade. Por enquanto, há evidências claras de que houve desvio de finalidade do bem público, no caso, o uso da aeronave oficial. Em março deste ano, a apuração teve uma movimentação importante, com a conversão da notícia de fato para procedimento preparatório de inquérito civil.

A investigação tinha sido aberta pela 19ª Promotoria de Justiça da Capital para verificar as circunstâncias desta denúncia, feita em primeira mão pela Gazetaweb, em matéria publicada no dia 31 de janeiro de 2020. Nela, há detalhes, com fotos e vídeos, mostrando que Barbosa usou o helicóptero da SSP para conseguir chegar à comemoração do Dia de Nossa Senhora do Bom Conselho, Padroeira do município pernambucano.

Em resposta ao MPAL, o Governo do Estado confirmou que o então vice-governador utilizou a aeronave da frota da Segurança Pública, justificando que o equipamento era reserva e que se tratava de uma agenda oficial. Luciano estaria no exercício do governo do Estado devido ao afastamento de Renan Filho (MDB) do cargo para gozo de férias. Em março do ano passado, a promotora Cecília Carnaúba pediu mais esclarecimentos ao então secretário-chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias, sobre a respectiva viagem aérea. E avaliou que as respostas que recebeu, até aquele momento, eram insuficientes para expedir um posicionamento acerca da denúncia. Por isso, perguntou sobre o custo financeiro total, quem eram os passageiros e qual a finalidade do voo. Em 2023, no mês passado, a promotora concluiu que não tinha como analisar a matéria pelo fato ter sido praticado no município de Arapiraca e remeteu a investigação à 4ª Promotoria de Justiça daquela cidade. A primeira providência tomada pelo promotor Rogério Paranhos foi determinar o aprofundamento da apuração. “Diante do exposto, objetivando não promover o arquivamento do procedimento sem que todas as diligências ao esclarecimento dos fatos narrados tenham sido realizadas, procedo a conversão da presente Notícia de Fato em Procedimento Preparatório, procedendo as comunicações necessárias”, destacou Paranhos.

Mais matérias
desta edição