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Nº 5897
Política Luis Eduardo Magalhães (BA), 06.06.2023 - Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de abertura da 17ª Bahia Farm Show. Foto: Ricardo Stuckert/PR

LULA ACENA AO AGRO, MIRA CONCILIAÇÃO E PEDE ‘ÓDIO NA LATA DO LIXO

Presidente participou ontem da maior feira agropecuária do Norte e Nordeste do País

Por Folhapress | Edição do dia 07/06/2023 - Matéria atualizada em 07/06/2023 às 04h00

O presidente Lula (PT) fez acenos ao agronegócio, defendeu uma conciliação entre pequenos e grandes agricultores e incentivou que os brasileiros joguem o “ódio na lata do lixo” para melhor conviver em sociedade. As declarações foram dadas nesta terça-feira (6) na abertura da Bahia Farm Show, maior feira agropecuária do Norte e Nordeste sediada em Luís Eduardo Magalhães (966 km de Salvador). Na ocasião, o presidente anunciou investimentos de R$ 7,6 bilhões de para o agronegócio por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Em discurso, Lula afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) representou um retrocesso para o agronegócio, criticou o valor destinado ao Plano Safra em 2022 e defendeu a atuação do governo federal para impulsionar o setor. “Entendemos que é obrigação do Estado criar as condições de ajudar porque dizer ‘eu não preciso do governo’ é mentira. Todo mundo precisa do governo: o grande [produtor] precisa, o pequeno precisa e o médio precisa. Se não é o Estado colocar dinheiro, muitas vezes o agronegócio não estaria do tamanho que está”, disse o presidente. Lula também criticou o que chamou de uma falsa rivalidade entre o agronegócio e a agricultura familiar e disse que os dois setores se complementam: “São duas coisas totalmente necessárias para o país. Não tem porque existir preconceito do grande com o pequeno ou do pequeno com o grande. O Brasil precisa dos dois porque os dois ajudam o Brasil”. O petista ainda afirmou que defender o meio ambiente não é ser contra o agronegócio e que “quem quiser agir como bandido e só desmatar, vai ter que sofrer as penas da lei”. Por fim, criticou o governo anterior por incentivar rivalidades e disse que precisa de todos para fazer o Brasil crescer. “Joguem o ódio na lata do lixo, coloquem o coração para bater [...]. É esse o mundo que precisamos porque o ser humano nasceu para viver em comunidade, ele não nasceu para para viver do ódio, para viver separado, para viver brigando. Nós não somos galos de briga.” Os acenos de Lula ao agronegócio acontecem em meio embates com a bancada ruralista no Congresso Nacional, parte delas com derrotas para o governo federal. A atuação da bancada ruralista foi determinante para esvaziar o ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva, durante a tramitação da medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios. Os ruralistas também tiveram outra vitória significativa ante a agenda ambiental na semana passada ao aprovarem o projeto de lei do marco temporal. A tese do marco, defendida pela FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), determina que as terras indígenas devem se restringir à área ocupada pelos povos na data da promulgação da Constituição Federal de 1988.Texto padrão.

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