app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5897
Política

CAMPINAS TEM MAIS UM ÓBITO SUSPEITO DE FEBRE MACULOSA

Vítima esteve na mesma fazenda visitada por casal que morreu após apresentar sintomas da doença

Por Agência Brasil | Edição do dia 14/06/2023 - Matéria atualizada em 14/06/2023 às 04h00

A prefeitura de Campinas, no interior paulista, informou ontem que foi registrado mais um óbito suspeito de febre maculosa no município. Trata-se de uma mulher de 28 anos, de Hortolândia (SP), que esteve em Campinas em 27 de maio, em um evento na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio. Na mesma data, estiveram no local uma mulher de 36 anos e um homem de 42, que morreram com sintomas da doença. De acordo com a prefeitura de Campinas, as três vítimas morreram na mesma data, no último dia 8, com sintomas de febre maculosa. O Instituto Adolf Lutz, vinculado à Secretaria da Saúde do estado, confirmou hoje que a morte da mulher de 36 anos foi por febre maculosa. Amostras das outras duas vítimas ainda estão em análise. Segundo dados do governo paulista, os municípios de Campinas e Piracicaba são hoje os que apresentam o maior número de vítimas da doença no estado. Desde o início do ano, houve 10 casos de febre maculosa registrados nas duas cidades, com quatro óbitos, inclusive o confirmado hoje. A prefeitura de Campinas informou que o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na Fazenda Santa Margarida. O Distrito de Joaquim Egídio é mapeado como área de risco para a doença. “Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico”, disse a prefeitura em nota.

Segundo a diretora do Devisa, Andrea von Zuben, os sintomas da doença – febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, manchas avermelhadas na pele, e inchaço - podem ser confundidos com outras enfermidades. “Por isso é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, destaca. A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos adequados. A febre maculosa é transmitida principalmente pelo carrapato-estrela, segundo o infectologista, mas também pode ocorrer por meio de outro carrapato, desde que esteja infectado com uma bactéria chamada de Rickettsia Rickettsii e em uma região endêmica de febre maculosa. O período de incubação da doença pode variar entre 7 a 14 dias, segundo o infectologista. Após este período, o paciente desenvolve alguns sintomas que pode confundir com outras doenças bacterianas como febre, dor de cabeça, conjuntivite, manchas no corpo, náuseas e vômitos, e dificultar o diagnóstico.

Mais matérias
desta edição