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Nº 5897
Política

EXÉRCITO SUSPENDE NOMEAÇÃO DE MILITAR PARA POSTO DIPLOMÁTICO

Decisão foi tomada nessa sexta-feira (16) durante reunião do comandante-geral com o presidente Lula

Por G1 | Edição do dia 17/06/2023 - Matéria atualizada em 17/06/2023 às 04h00

Envolvido em conversas com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, sobre um plano de um golpe do Estado, o coronel Jean Lawand Junior teve sua nomeação para um posto diplomático nos Estados Unidos suspensa pelo comandante do Exército, Tomás Paiva. A decisão foi tomada durante reunião do comandante-geral com o presidente Lula e o ministro da Defesa, José Múcio. A Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid diversas mensagens trocadas entre o ex-ajudante de ordens e o coronel Lawand Junior, falando sobre a decretação de um golpe no país. Em algumas das mensagens, o coronel diz a Mauro Cid que Bolsonaro "não pode recuar agora" e que ele precisava "dar a ordem" para as Forças Armadas colocarem em prática uma estratégia para evitar a posse de Lula na Presidência da República. Depois da divulgação das mensagens, o comandante Tomás Paiva decidiu se reunir com o ministro José Múcio. Os dois avaliaram que o coronel Jean Lawand não tinha mais condições para assumir um posto na representação diplomática do Brasil nos Estados Unidos como assessor do adido militar em Washington. Atualmente, o coronel Lawand ocupa o cargo de gerente de projetos da Secretaria de Projetos Estratégicos do Exército, mas aguardava a oficialização de sua nomeação, já definida, para o posto em Washington. Agora, essa nomeação foi revogada. O coronel também deve responder a um inquérito interno no Exército.

LIRA

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na sexta-feira (16) que ouviu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a intenção de reduzir o ritmo do envio de medidas provisórias ao Congresso Nacional. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. "Ouvi dele [Lula] a intenção de reduzir o envio de MPs, um anseio do Congresso Nacional", publicou As medidas provisórias são um instrumento que o governo tem para modificar a legislação. As MPs entram em vigor ao serem publicadas no Diário Oficial da União, porém precisam da aprovação da Câmara e do Senado em 120 dias. Caso contrário, perdem a validade. Segundo Lira, a reunião não tratou de mudanças na equipe ministerial de Lula.

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