Uma grande frente política de oposição, unindo PTB, PDT, PPS, PFL, PRTB e PPB, entre outras legendas, poderá ser formada em Alagoas nas próximas semanas, para disputar as eleições de governador e senador. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do PTB e da Assembléia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque, que vem se empenhando pela concretização da aliança. De acordo com ele, os entendimentos estão bastante adiantados. Caso seja confirmada, a frente reunirá no mesmo palanque fortes lideranças políticas do Estado. Além de Albuquerque e outros 16 deputados estaduais, seriam incorporados a ela o vice-governador Geraldo Sampaio, o ex-presidente Fernando Collor e quatro deputados federais: Thomaz Nonô, Régis Cavalcante, Augusto Farias e Luiz Dantas. “Está se desenhando nos bastidores da política alagoana algo indiscutivelmente forte e democrático”, enfatizou o presidente da ALE. Alianças Segundo Albuquerque, uma eleição só é ganha se houver alianças. “O que é namoro”, brincou, “não é duradouro”. Ele destaca que os partidos acima estão discutindo “casamento”, para apresentar uma proposta viável para o Estado e em condições de vencer o pleito. “Trabalho todo dia na costura dessa aliança”, acrescentou. Os entendimentos para formar o “frentão” foram revelados pelo presidente da Assembléia depois que a imprensa o indagou sobre o futuro da “frente trabalhista” (PTB, PDT e PPS). Após uma reunião realizada na última segunda-feira, o PPS cobrou do PTB e do PDT uma reunião para discutir as eleições majoritárias no Estado, além dos problemas no Rio Grande Sul, que ameaçam rachar a aliança nacional dos três partidos. “Eu vejo essa cobrança com o exercício da reflexão e da paciência. O prazo para fechar as coligações vão até junho. Temos a possibilidade de formar um grande bloco em Alagoas”, respondeu Albuquerque. Quanto às divergências no Rio Grande Sul, onde PDT e PPS querem lançar candidatos a governador, o petebista disse que a situação será contornada. “Falará mais alto a experiência do Leonel Brizola (presidente do PDT), do Antônio Brito (candidato do PPS ao governo gaúcho) e o crescimento do Ciro Gomes (candidato das três legendas à presidência da República)”, concluiu.