O mês de maio promete ser decisivo para o futuro do complexo estuarino lagunar Mundaú-Manguaba com a retomada do programa SOS Lagoas, coordenado pela União dos Vereadores Alagoanos (Uveal). Com o apoio da bancada federal alagoana, as entidades envolvidas nesse processo voltam a se reunir no município de Coqueiro Seco para discutir os custos e os meios de se viabilizar o projeto de dragagem do complexo. A data da reunião está sendo definida pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos. “O programa irá contemplar inicialmente o desassoreamento da Boca da Barra, que alimenta os canais das lagoas Mundaú e Manguaba”, explica o primeiro secretário da Uveal e coordenador do projeto, vereador Afrânio Omena (PFL-Pilar). Ele adianta que, durante o encontro, a entidade vai propor a criação de comitês municipais de bacias do complexo lagunar, um dos pré-requisitos para o início do processo de revitalização das lagoas. Segundo Afrânio, o projeto já está concluído, faltando apenas os recursos para tocá-lo adiante. Diante da perspectiva do governo federal em dar início às obras, Afrânio adianta que já estaria em andamento um macroprojeto para solucionar em definitivo todos os problemas do complexo. “Este macro-projeto de âmbito internacional viria concluir futuramente o processo de desassoreamento. O que estamos pleiteando nesse momento emergencial é que as obras do complexo sejam de fato iniciadas”, ressalta. Esta será a quarta edição do SOS Lagoas. O projeto começou a ser idealizado em 1997, no município do Pilar, devido aos reflexos que os problemas provocados pelo assoreamento do complexo acarretavam para os pescadores e para toda a população local. O movimento acabou tomando corpo e se estendendo para vários outros municípios banhados pelas lagoas.