Non� consegue ganhar tempo na crise
| ODILON RIOS Repórter Depois de entrar como bombeiro na crise municipal entre a bancada de vereadores governistas e a prefeitura, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), conseguiu um acordo de paz na última quarta-feira ent
Por | Edição do dia 13/01/2006 - Matéria atualizada em 13/01/2006 às 00h00
| ODILON RIOS Repórter Depois de entrar como bombeiro na crise municipal entre a bancada de vereadores governistas e a prefeitura, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), conseguiu um acordo de paz na última quarta-feira entre o prefeito Cícero Almeida (PTB) e o presidente da Câmara Municipal, Arnaldo Fontan (PFL). A reunião aconteceu no apartamento do deputado, no edifício Porto Príncipe, na praia de Jatiúca, orla da capital. Lá estavam três pessoas: Nonô, Almeida e Fontan. O encontro começou às 19 horas e acabou às 21h30. O deputado federal conseguiu, como garantia de Fontan, que os seis vetos às emendas do Plano Diretor não serão derrubados pela Câmara em sessão extraordinária. O prefeito vetou as emendas do Plano Diretor alegando que elas prejudicariam Maceió, conforme declarou, com exclusividade, na edição de quarta-feira à Gazeta. O presidente da Câmara disse que não estava descartada a convocação de sessão extraordinária para apreciar os vetos às emendas do Plano Diretor (ver detalhes abaixo). Em São Paulo, esperando o avião para viajar ao Japão, no fim da tarde de ontem, por telefone, Nonô disse que, nas emendas, havia imperfeições técnicas. Os vetos do prefeito serão mantidos, acrescentou. Ficou acertado um remanejamento de crédito, de forma rotineira à Câmara. Nonô não deu detalhes sobre esse assunto. Logo depois, disse que, no fim da reunião, foi feita uma conciliação ampla e irrestrita. Churrasco A tentativa de apagar o fogo da crise entre Câmara e Prefeitura começou na terça-feira, em um churrasco de carneiro na casa do deputado federal, na Barra de São Miguel. O encontro foi entre Nonô e a bancada governista. O prefeito não compareceu porque estava em Maceió, gravando um programa em uma rádio na capital. ### Acordo de paz só deve durar até dia 25 Apesar de o vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL), ter suspendido a crise entre a Câmara e a Prefeitura, em verdade, o que foi selada foi uma paz com prazo de validade até o dia 25 de janeiro, data em que o deputado federal retorna do Japão. A data foi informada pelo presidente da Câmara, Arnaldo Fontan (PFL). Falei do obstáculo, do assessor especial Elionaldo Magalhães e ele [o prefeito] me disse que iria refletir. Ele pediu uma trégua, disse Fontan. Mas todo mundo sabe onde está a ferida, analisou. Magalhães é visto pelos vereadores governistas como o pivô da crise e apontando por eles como inimigo número um da Câmara, porque teria impedido o aumento de R$ 5 milhões no duodécimo da Câmara, no orçamento deste ano. Reunião Sobre a reunião, Fontan disse que ela foi democrática e educada. Lembrou a amizade que tenho com o prefeito e disse não estar disposto a fechar as portas ao diálogo. Só que o presidente da Câmara insistiu em não descartar a convocação de uma sessão extraordinária para apreciar os vetos do prefeito Cícero Almeida no Plano Diretor. Se houver necessidade, convocaremos, afirmou Fontan. Tem que analisar os vetos do ponto de vista técnico e jurídico. |OR