Renan gosta, mas n�o antecipa decis�o
| PLINIO LINS Editor de Política O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse ontem à Gazeta que o fim da verticalização nas coligações partidárias não deve mudar substancialmente a disposição de forças na disputa eleitoral em Alagoas porque, aqui, o
Por | Edição do dia 27/01/2006 - Matéria atualizada em 27/01/2006 às 00h00
| PLINIO LINS Editor de Política O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse ontem à Gazeta que o fim da verticalização nas coligações partidárias não deve mudar substancialmente a disposição de forças na disputa eleitoral em Alagoas porque, aqui, o quadro já estava desengessado antes da decisão da Câmara. Vai permitir mais movimentos aos partidos, mas não altera muito o quadro geral, disse. Renan continua não dizendo se estará ou não entre os candidatos ao governo do Estado. A decisão, segundo ele, ainda demora pelo menos um mês. Até o final de fevereiro devemos concluir as conversas. Renan não comenta a movimentação do deputado João Lyra nem a aproximação do petebista com o deputado Celso Luiz (PMN). Celso, aliás, já disse que o fim da verticalização não altera em nada a situação de seu partido o PMN tem pouca expressão nacional. Renan diz que defende a verticalização, mas como componente de uma reforma política ampla, não como um pressuposto, e argumenta: Uma coisa é ter coligações verticalizadas com quatro ou cinco partidos de caráter nacional. Isso seria correto. Outra coisa, muito diferente, é a realidade que existe hoje. São 29 partidos registrados no TSE, dos quais 19 com representação no Congresso Nacional. Verticalizar as coligações nessa situação é estabelecer o caos, diz. PSDB O senador Teotonio Vilela Filho que se diz pré-candidato numa eventual negativa de Renan se disse favorável à verticalização, mas numa realidade partidária diferenciada. Na prática, o fim da verticalização facilita as alianças, avaliou. Ele lembrou que na eleição de 2002, PSDB e PMDB firmaram uma aliança branca de apoio à candidatura de Ronaldo Lessa ao governo do Estado, enquanto PSB e PSDB tinham candidato próprios à Presidência. Não podíamos aparecer juntos na televisão ou em fotos de campanha, mas dividimos palanques e a população entendeu que o nosso apoio era ao governador, lembrou. O fim da verticalização, segundo Vilela, torna possível uma coligação PSDB-PMDB nas eleições do Estado, mesmo que ambos lancem candidatos a presidente da República.