Bombardeio de Israel mata 40 pessoas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Grupo Hamas diz que está analisando proposta para um cessar-fogo de 40 dias na região
Por da redação com agências | Edição do dia 30/04/2024 - Matéria atualizada em 30/04/2024 às 04h00
Ao menos 40 pessoas morreram em bombardeios de Israel em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na madrugada desta segunda-feira, 29, segundo autoridades palestinas. Seis mulheres e cinco crianças estão entre as vítimas.
As forças israelenses realizam ofensivas aéreas contra Rafah desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro, e planejam uma invasão por terra da cidade. Cerca de 1 milhão de palestinos estão refugiados no local, que faz fronteira com o Egito.
Os Estados Unidos e diversos outros países pressionam Israel para desistir de avançar sobre Rafah, sob o argumento de que o ataque provocaria uma catástrofe humanitária.
Os ataques desta segunda atingiram três residências familiares. O primeiro deles matou 12 pessoas, incluindo quatro irmãos de 9 a 27 anos de idade. O segundo ataque matou sete pessoas, incluindo um homem de 33 anos e o filho dele, de 5. Já a terceira ofensiva matou três irmãos, com idades entre 12 e 23 anos.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, inicia nesta segunda o sétimo giro pelo Oriente Médio desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou. No domingo, 28, o presidente americano, Joe Biden, conversou por telefone com o primeiro-ministro do Israel, Benjamin Netanyahu, como forma de pressioná-lo a aceitar uma trégua com o Hamas.
ACORDO
As negociações para um cessar-fogo de 40 dias na Faixa de Gaza continuam em impasse. O Reino Unido revelou que o acordo ainda está em cima da mesa. Em declarações à Al Jazeera, umporta-voz do Hamas acusou a proposta de Israel de não ser séria e disse que a Faixa de Gaza vai continuar a ser atacada no futuro. No entanto, a expectativa é de um andamento positivo nas
David Cameron, ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, anunciou no início da tarde de ontem que havia sido apresentada uma proposta de acordo ao Hamas e que esperava a decisão da entidade palestina.
“Uma proposta de cessar-fogo de 40 dias e libertação de milhares de prisioneiros palestinos em
troca da libertação dos reféns israelenses foi apresentada ao Hamas”, declarou David Cameron na capital saudita, no Fórum Econômico Mundial.
“Espero que o Hamas aceite o acordo apresentado nesta segunda-feira no Egito e, francamente, toda a pressão e olhares do mundo deverão estar sobre eles esperando que aceite o acordo”, continuou o ministro britânico, revelando que o “sim” do Hamas levará ao fim dos combates.
Para além do acordo, David Cameron disse que, no futuro, deverá ser pensada uma solução de dois Estados e que os responsáveis pelo ataque do dia 7 de outubro deverão sair de Gaza para que toda a rede terrorista no território seja desmantelada, permitindo que Palestina e Israel
“O povo palestino deve ter um futuro político mas a segurança de Israel também deve ser garantida, e estes dois elementos devem ocorrer simultaneamente”.