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Nº 5711
Política

PF investiga esquema que desviou R$ 1,7 bi de recursos do SUS no PA

Operação realizada em parceria com a CGU e Receita Federal cumpriu 49 mandados de busca em várias prefeituras

Por da redação com agências | Edição do dia 30/04/2024 - Matéria atualizada em 30/04/2024 às 23h20

A Polícia Federal, a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal cumpriram ontem 49 mandados de busca e apreensão contra 42 alvos em cinco prefeituras do estado do Pará, além de Barueri/SP.

Mais de 150 policiais e servidores públicos atuaram na operação que investiga crimes contra a administração pública, sistema financeiro nacional e lavagem de capitais da ordem de R$ 1,7 bilhão. Os desvios investigados ocorreram entre os anos de 2017 e 2022.

Segundo a Polícia Federal, os crimes foram praticados por pessoas físicas, que usaram pessoas jurídicas ligadas ao ramo de saneamento urbano. As investigações realizadas até o momento identificaram indícios de crimes licitatórios envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repasse de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do estado do Pará, lavagem de capitais com a utilização de empresas de fachada e laranjas, além de possível prática de evasão de divisas através de offshore situada em paraíso fiscal.

A Controladoria Geral da União identificou que licitações e contratos relacionados com a empresa investigada, financiados com recursos federais, sobretudo da área da saúde, apresentaram restrição da competitividade e habilitação irregular da vencedora. Segundo a CGU, os valores desviados deveriam ser destinados às áreas da saúde, saneamento e limpeza urbana, mas com as fraudes impactaram diretamente na qualidade dos serviços prestados no estado, agravando a situação da população, que lida diariamente com os piores índices de saneamento básico do país.

Nesta fase, o objetivo da Polícia Federal é recolher material que possa comprovar o envolvimento dos suspeitos e esclarecer a participação de cada agente na possível fraude. Além dos mandados de busca e apreensão, a justiça autorizou o bloqueio de bens de R$ 1,7 bilhão das contas dos investigados.

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