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Nº 5810
Política

China faz exercícios militares no entorno de Taiwan

Governo da ilha põe unidades de mísseis navais e terrestres sob alerta e fala em “provocação irracional”

Por Agência Estado | Edição do dia 23/05/2024 - Matéria atualizada em 23/05/2024 às 23h40

Taiwan acionou jatos e colocou mísseis, unidades terrestres e navais sob alerta nesta quinta-feira, 23, depois dos exercícios militares conduzidos pela China ao redor da ilha democrática autônoma, onde o novo presidente Lai Ching-te tomou posse nesta semana.

Pequim descreveu os exercícios de dois dias de duração como uma “punição” a forças separatistas que buscam a independência da ilha. A China reivindica Taiwan como parte de seu território nacional, e o Exército de Libertação Popular enviou navios e aviões de guerra para o Estreito de Taiwan e outras áreas ao redor da ilha quase que diariamente para desgastar as defesas de Taiwan e tentar intimidar o seu povo, que apoia firmemente sua posição de independência.

“A provocação irracional da China coloca em perigo a paz e a estabilidade regional”, disse o Ministério da Defesa de Taiwan, acrescentando que a ilha não buscará conflitos “mas não se esquivará de nenhum”. “O pretexto para conduzir exercícios militares não apenas não contribui para a paz e a estabilidade sobre o Estreito de Taiwan, mas também mostra sua natureza hegemônica genuína”, disse o comunicado da pasta.

O QUE A CHINA FEZ?

A China iniciou nesta quinta-feira dois dias de exercícios militares “ao redor da ilha de Taiwan” como “forte punição pelos atos separatistas” no território após a cerimônia de posse de um novo presidente detestado por Pequim.

O Exército de Libertação Popular disse que os exercícios terrestres, navais e aéreos em torno de Taiwan têm como objetivo testar as capacidades navais e aéreas de suas unidades, bem como suas habilidades de ataque conjunto para atingir alvos e ganhar o controle do campo de batalha, disse o comando em sua conta oficial do Weibo.

“Esta é também uma punição poderosa para as forças separatistas que buscam a ‘independência’ e um aviso sério às forças externas por interferência e provocação”, afirmou o comunicado.

O exército chinês também divulgou um mapa da área pretendida para o exercício, que circunda a ilha principal de Taiwan em cinco pontos diferentes, bem como locais como Matsu e Kinmen, ilhas periféricas que estão mais próximas do continente chinês do que Taiwan.

A guarda costeira da China ainda disse em um comunicado que organizou uma frota para realizar exercícios de aplicação da lei perto de duas ilhas próximas aos grupos de ilhas de Kinmen e Matsu, controladas por Taiwan, perto da costa chinesa.

Considerado pelas autoridades comunistas como um “separatista perigoso”, Lai assumiu na segunda-feira o cargo de presidente com um discurso em que celebrou a democracia de Taiwan e fez um apelo para que a China a “acabe com a intimidação política e militar”. Na ocasião, o novo líder prometeu “não ceder nem provocar” a liderança do Partido Comunista do continente.

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