O Governador Paulo Dantas (MDB) disse ontem que a Segurança Pública está “blindada” contra interferências políticas e que “quem cometer crime, seja lá quem for, vai ter que pagar”.

A afirmação se deu após ser questionado sobre o resultado da investigação do homicídio do blogueiro Adriano de Farias, em Junqueiro. A Justiça mandou prender a mãe e o irmão do prefeito da cidade por suspeitas de serem os mandantes do crime.

Paulo destacou o avanço das investigações, mesmo contra parentes de um aliado político. “Eu não tenho a menor dúvida de que o trabalho que é realizado pela delegacia geral, que é comandada pelo Gustavo Xavier, sempre vai apresentar uma investigação baseada em provas, evidências”, frisou ele.

O chefe do Executivo estadual destacou que a punição a criminosos, sejam eles quem forem, é uma determinação do governo para a Segurança Pública. “Nós não admitimos esse tipo de comportamento em bairro nenhum de Maceió, em nenhuma cidade. Por isso que eu falo: quem tiver pensando em cometer algum ilícito, fazer algo errado, dá tempo de dar um passo atrás e não realizar o que está pensando fazer, porque caso alguém cometa algum tipo de crime, com certeza a polícia vai investigar e vai prender”, concluiu.

SERIAL KILLER

Em solenidade para entrega de equipamentos para a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ontem, Paulo Dantas destacou o trabalho da Polícia Civil e defendeu uma dura punição para o serial killer Albino Santos de Lima, de 42 anos, que já confessou oito dos 10 crimes atribuídos a ele.

“Acompanhei todo o desenrolar, toda a investigação que foi realizada por toda a Polícia Civil do Estado de Alagoas. Esse criminoso está preso e, com certeza, será condenado e passará muitos anos preso pelos crimes que cometeu”, disse o Governador.

Ele ainda lembrou do investimento do Estado em concursos públicos para a área da Segurança Pública. “Quando a gente investe em concurso público para a Polícia Científica, requalificando a mão de obra da Polícia Científica, nós nomeamos agora aproximadamente 200 novos servidores públicos, nós estamos dando a sinalização de que Alagoas não terá impunidade”.

Albino Santos de Lima já é considerado pela polícia como o maior assassino em série do estado. As mulheres mortas por ele, como aponta a investigação, tinham um perfil semelhante: morenas, jovens, geralmente com cabelo cacheado. “Entre elas, havia uma mulher trans com esse mesmo perfil físico”, disse a Tacyane Ribeiro, delegada responsável pelo caso.

Além disso, o criminoso seguia sempre um mesmo padrão: vestia roupa preta e usava boné para esconder o rosto. “Nós identificamos 10 vítimas e nenhuma delas tem envolvimento com facção criminosa. Dessas 10, três eram do sexo masculino e sete eram mulheres”, explicou a delegada.