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Nº 5887
Política

Melina Freitas completa 10 anos à frente da Cultura em AL com avanços

Gestão da secretária ajudou a democratizar o acesso a editais em diversas áreas, incluindo o audiovisual

Por | Edição do dia 17/01/2025 - Matéria atualizada em 17/01/2025 às 22h55

Ao assumir o cargo de secretária de Estado da Cultura e da Economia Criativa em 2015, Melina Freitas enfrentou diversas críticas e questionamentos. Uma década depois, com maturidade pessoal e experiência administrativa, conseguiu descentralizar a formação de produtores e fomentar o desenvolvimento de novos artesãos e jovens envolvidos com arte e cultura.

Essas e outras revelações foram feitas durante uma hora de conversa no GazetaNews Entrevista.

Engajada no processo cultural do Estado, Melina ajudou a democratizar o acesso a editais em diversas áreas, incluindo o audiovisual, que tem ganhado espaço dentro e fora de Alagoas. Gestora em uma época em que as mulheres eram minoria na estrutura do Executivo, hoje é uma voz ativa no governo.

“Quando recebi a missão dada pelo então Governador Renan Filho, fiquei com a responsabilidade de reestruturar a cultura nas diversas vertentes que temos no estado. E são muitas. Naquela oportunidade, ele me garantiu que não seria por falta de recursos que deixaríamos de criar e consolidar uma política cultural. Hoje, dez anos depois, posso afirmar com orgulho que não só temos essa política como ela tem dado resultados e frutos para quem irá dar continuidade”, analisou Melina.

A mais longeva gestora do governo conta com a confiança e apoio do Governador Paulo Dantas. Ela se orgulha de ter integrado ações da cultura com o turismo, destacando que, em várias cidades, as manifestações culturais não apenas fazem parte do calendário cultural de Alagoas, mas também atraem turistas.

“A cultura mantém a tradição, se renova e contribui para a história das cidades. Em seu entorno, crescem pessoas dedicadas que fomentam a economia criativa. Já é possível encontrar pessoas totalmente engajadas na produção de arte”, afirmou Melina.

Ela destacou que, mesmo com uma equipe pequena, conseguiu garantir agilidade e o cumprimento dos prazos dos projetos elaborados.

“Saímos de um momento de secretaria esvaziada, sem projetos estaduais de cultura, exceto por um convênio com o governo federal que perdurou por muito tempo. Não existiam outros projetos nem uma política de editais, que estava totalmente engessada. Desde o início fui cobrada para apresentar um planejamento capaz de resgatar nossas tradições e construir pontes com os segmentos culturais de Alagoas”, relembrou.

TRABALHO CONJUNTO

Melina reconhece que, com alguns segmentos, o processo foi “mais duro”, mas, com o tempo, todos passaram a compreender a importância da união e do trabalho conjunto. Para ela, esse esforço resultou em ganhos tanto para quem produz quanto para a sociedade alagoana.

Ciente da complexidade das relações de gestão, ela diz que não há unanimidade nem trabalho perfeito, mas destaca a dedicação e responsabilidade com os recursos públicos como fatores que fizeram a diferença nos últimos anos.

“Ninguém vai agradar a todos, porque nem Jesus Cristo conseguiu. Mas faço um balanço positivo. Isso não se deve apenas ao meu trabalho; dei minha contribuição. O que aconteceu foi que contamos com o apoio de vários segmentos”, afirmou.

Sobre o trabalho com o governador Paulo Dantas, Melina destacou que o cenário tem sido mais favorável, resultado da boa execução do planejamento e da consolidação da política de editais. Alagoas conquistou respeito junto aos órgãos fomentadores de cultura.

Para ela, a garantia de liberação de recursos foi o caminho ideal, especialmente no período da pandemia, quando ajudou a mobilizar e garantir a sobrevivência de centenas de pessoas.

“Nosso papel é o de incentivo e articulação. O resto cabe a quem produz e está diretamente envolvido. Não é papel do Estado direcionar o conteúdo; ele é resultado das manifestações e da produção histórica de cada segmento. O que posso garantir é que nosso apoio alcançou a maioria delas, e estamos empenhados em continuar avançando”, adiantou.

INSPIRAÇÃO

Melina acredita que o espaço conquistado pela cultura no contexto social garante tranquilidade ao governo na continuidade do repasse de recursos. Segundo ela, a gestão incentiva, e o resultado depende do esforço e criatividade dos grupos culturais.

“Por trás de tudo que é produzido e visto há um universo de profissionais: músicos, maquiadores, cabeleireiros, costureiros, cenógrafos, entre outros. Eles estão sendo mobilizados e reconhecidos pelo que produzem. Isso é importante, pois atrai novas pessoas que percebem ser possível viver da atividade cultural”, detalhou.

Se sua gestão deu mais expressão à cultura, sua ligação familiar com o deputado estadual Inácio Loiola (MDB) foi uma fonte de inspiração. Graças ao tio, Melina aprendeu mais sobre a história de Alagoas e a necessidade de preservá-la.

“Meu tio não é apenas uma fonte de informações sobre nossa história e cultura, mas alguém que incentiva bastante a continuar. Sua liderança no tema se estende à sua atuação política, colocando seu mandato a serviço da cultura. É o líder do nosso grupo, e tenho muito orgulho de, ao lado dele, conseguir os resultados que a sociedade espera. Ele dá aula sobre o que você quiser. É um homem estudioso, que lê bastante, e nos inspira sempre”, concluiu Melina.

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