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Trump diz que Putin concorda em negociar o fim da guerra

Presidentes dos Estados Unidos e da Rússia conversaram ontem por telefone durante cerca de uma hora e meia

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que conversou por telefone com Vladimir Putin e que o presidente russo concordou com ele em iniciar “imediatamente” as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia.

Minutos após o anúncio da ligação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também disse ter tido uma conversa por telefone com Trump sobre “oportunidade para obter a paz”, segundo um comunicado. “A conversa correu muito bem. Ele, como o Presidente Putin, quer fazer PAZ”, disse Trump, sobre o diálogo.

Trump chamou a ligação de “altamente produtiva” e indicou que a conversa ocorreu em tom amistoso. Segundo o Kremlin, a conversa entre os chefes de Estado durou cerca de uma hora e meia.

“Acabei de ter uma longa e altamente produtiva conversa telefônica com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. Cada um de nós falou sobre as forças de nossas respectivas nações e os grandes benefícios que, um dia, teremos ao trabalhar juntos. Mas primeiro, como ambos concordamos, queremos parar os milhões de mortes que estão acontecendo na guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente Putin até usou meu forte lema de campanha: “SENSO COMUM”. Concordamos que nossas equipes iniciarão negociações imediatamente e começaremos ligando para o presidente Zelensky, da Ucrânia, para informá-lo sobre a conversa — algo que farei agora mesmo”, afirmou Trump.

O Kremlin confirmou a conversa e disse que Vladimir Putin convidou Trump para ir a Moscou discutir o fim da guerra. Posteriormente, Trump disse que os dois “provavelmente” devem se encontrar na Arábia Saudita.

“O presidente russo convidou o presidente dos EUA para visitar Moscou e expressou sua prontidão em receber autoridades americanas na Rússia nas áreas de interesse mútuo, incluindo, é claro, o tópico de um acordo em relação à Ucrânia”, disse o porta-voz Dmitri Peskov.

Putin disse que espera encontrar uma solução de longo prazo para o conflito.

O líder russo havia conversado pela última vez com um presidente em exercício dos EUA em fevereiro de 2022, quando teve uma ligação com Joe Biden pouco antes de ordenar o envio de milhares de tropas para a Ucrânia.

A conversa ocorre no mesmo dia de uma troca de prisioneiros entre EUA e Rússia. Os russos liberaram o professor Marc Fogel e, em contrapartida, os americanos libertaram um cidadão russo.

Também nesta quarta, o novo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, nomeado por Trump, disse que não é realista pensar em um retorno do território ucraniano a suas fronteiras originais. Ele também descartou uma incroporação de Kiev à Otan, a aliança militar do Ocidente. Em conversa com repórteres na tarde de quarta, Trump repetiu os posicionamentos de seu secretário.

Segundo Zelensky, foi discutido com Trump as “capacidades tecnológicas” da Ucrânia em diversas áreas, incluindo a fabricação de drones, o que poderia indicar que Kiev pretende fechar um acordo de parceria militar com Washington em troca de proteção de seu território.

“Ninguém quer a paz mais do que a Ucrânia”, disse Zelensky, sobre a conversa com o presidente americano. “Junto com os EUA, estamos mapeando nossos próximos passos para deter a agressão russa e garantir uma paz duradoura e confiável. Como disse o presidente Trump, vamos fazer isso.”

Na semana passada, Zelensky havia dito que aceitaria um acordo sugerido por Trump de troca de ajuda militar americana por terras-raras — recursos minerais valiosos inexplorados no solo de seu país.

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