loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 27/03/2025 | Ano | Nº 5932
Maceió, AL
28° Tempo
Home > Política

Parceria

AL ganha Observatório da Desinformação para combater fake news nas eleições

Comitê Gestor será responsável por estudos, suporte jurídico e promoção de campanhas educativas

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Imagem ilustrativa da imagem AL ganha Observatório da Desinformação para combater fake news nas eleições
| Foto: Leonardo André / Agência Alagoas

Alagoas se tornou ontem o primeiro estado brasileiro a lançar oficialmente um Núcleo de Integridade da Informação, iniciativa pioneira voltada ao enfrentamento das fake news e à promoção da educação midiática. O lançamento foi feito durante o XXIII Encontro Nacional do Colégio de Dirigentes das Escolas Judiciárias Eleitorais (Codeje), realizado no hotel Ritz Lagoa da Anta, em Maceió.

A criação do núcleo integra as ações do recém-apresentado Observatório da Desinformação, coordenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Eleitoral (MPE), Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal), com apoio institucional do Governo do Estado.

O Presidente em exercício do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Carlos Cavalcanti, destacou a importância do projeto, levando em consideração as eleições gerais de 2026 em todo o País.

“O Observatório da Desinformação une as instituições e os tribunais. Vamos dar o apoio didático e científico necessário para que quadros sejam treinados, no sentido de educar, evitar a disseminação de informações desinformadas, informações falsas, principalmente levando em consideração que, no próximo ano, nós teremos eleições gerais. E eleições gerais que serão difíceis diante de um país com uma sociedade muito polarizada, como está atualmente o Brasil e o estado de Alagoas”, disse ele.

A Assessoria de Comunicação e Cerimonial (ACSC) do TRE-AL, que atuou na estruturação do projeto, destaca a importância dessa iniciativa para a Justiça Eleitoral e para a sociedade alagoana.

“O Observatório representa um avanço significativo no combate à desinformação. A parceria entre instituições fortalece o compromisso de levar informação segura e confiável à população”, afirmou Flávia Gomes de Barros, assessora de Comunicação do TRE-AL.

Representando o Executivo estadual, o secretário de Comunicação, Wendel Palhares, destacou a importância do projeto, que nasce como resposta urgente à crescente onda de desinformação que impacta decisões sociais, políticas e sanitárias. “O Núcleo de Integridade da Informação vai atuar de forma transversal, com subnúcleos especializados em áreas como saúde, meio ambiente, segurança pública, justiça e direitos humanos”, afirmou.

De acordo com o secretário, a ideia é garantir à sociedade ferramentas confiáveis para checar conteúdos e fortalecer a educação midiática.

“A desinformação gera prejuízos concretos: influencia decisões de saúde pública, afeta a credibilidade das instituições e fomenta discursos de ódio. Precisamos combater isso com estratégia, responsabilidade e verdade”, reforçou.

Palhares também lembrou dos impactos das fake news durante a pandemia da covid-19. “Muitas famílias deixaram de vacinar seus filhos por acreditarem em mentiras disseminadas nas redes. Não podemos permitir que inverdades sigam moldando comportamentos e colocando vidas em risco”, pontuou.

O núcleo atuará em articulação com instituições de ensino e pesquisa como a Ufal, Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto também prevê campanhas educativas, produção de pesquisas, formação de multiplicadores e o desenvolvimento de tecnologias voltadas à verificação de conteúdos digitais.

“O Observatório é apenas o começo. O Núcleo de Integridade da Informação será um espaço de ação concreta, que posiciona Alagoas como referência nacional na promoção da integridade informacional e na proteção da democracia”, concluiu.

Relacionadas