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Nº 5897
Rural

Enzimas elevam produção de etanol de segunda geração

Coquetel pode viabilizar ainda mais a produção de E2G no Brasil e impulsionar esse tipo de processo no País

Por EMBRAPA | Edição do dia 13/06/2020 - Matéria atualizada em 13/06/2020 às 04h00

Ao viabilizar economicamente a produção de E2G no Brasil, a tecnologia é capaz de contribuir para impulsionar esse tipo de processo no país
Ao viabilizar economicamente a produção de E2G no Brasil, a tecnologia é capaz de contribuir para impulsionar esse tipo de processo no país - Foto: NithidPhoto
 

Cientistas da Embrapa Agroenergia (DF) e do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) desenvolveram um meio para obter etanol a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar e impulsionar no País a indústria do etanol de segunda geração (E2G). Trata-se do coquetel enzimático CMX, uma mistura de enzimas produzidas a partir de três diferentes microrganismos que mostrou alto desempenho para desconstruir a biomassa da planta, ação fundamental para retirar dela o açúcar que se transformará em biocombustível.

Um estudo de impacto do coquetel estimou que uma usina com capacidade de produção anual de 70 mil toneladas de E2G será capaz de obter ganhos da ordem de R$ 50 milhões por ano. Outros índices de avaliação do investimento se mostraram promissores. Caso seja financiado por uma única usina, o investimento em P&D teria uma taxa interna de retorno (TIR) de 19,2% e um valor presente líquido (VPL) de R$ 76,69 mil em 20 anos. 

Ao viabilizar economicamente a produção de E2G no Brasil, a tecnologia é capaz de contribuir para impulsionar esse tipo de processo no país. O coquetel enzimático ainda pode ter sua aplicação expandida para outros setores, como as indústrias de rações e têxtil, e colocar o Brasil no mercado bilionário de produção de enzimas. Atualmente, o País importa enzimas celulolíticas, empregadas na desconstrução de biomassa lignocelulósica.

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