app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5897
Rural

Alagoas produziu 129 mil toneladas de grãos

Dados somam a produção acumulada de milho, arroz, soja e feijão; expectativa é de ampliação da área plantada para 2022

Por Editoria do Gazeta Rural | Edição do dia 18/12/2021 - Matéria atualizada em 18/12/2021 às 04h00

Com clima favorável na maioria das regiões produtoras de grãos no país, a safra nacional pode chegar a 291,1 milhões de toneladas na temporada 21/22. Em Alagoas, segundo o presidente da Comissão Estadual de Grãos, Hibernon Cavalcante, o Estado teve um ano considerado interessante com um emprego maior de tecnologia no campo e uma produção superior a 129 mil toneladas de grãos. Em comparação ao ano anterior, variação positiva de crescimento chegou a 20%

De acordo com ele, diante deste cenário, a expectativa para 2022 é de ampliação da área plantada, que pode chegar a 15%. Preços de insumos, além de clima favorável, também são fatores decisivos nesse processo de crescimento. “ Ainda podemos crescer muito na produção de grãos em Alagoas. Vale destacar ainda o aumento de produção de 2015 – ano de criação da Comissão de Grãos – até hoje, superou os 50%”, reforçou. 

 

Milho foi um dos grãos que teve maior área plantada no Estado e maior produção
Milho foi um dos grãos que teve maior área plantada no Estado e maior produção - Foto: Divulgação
 

Milho

Em Alagoas, este ano, segundo dados do IBGE, o plantio de milho ocupou uma área destinada a grãos de 49 mil hectares com um crescimento de produção de quase 80 mil toneladas. “Acredito que este número seja até um pouco maior. Afinal, a produtividade cresceu bastante. Enquanto no ano passado foi 1.200 kg por hectare, este ano, de acordo com o IBGE, está em 2.258 kg”, afirmou o presidente da Comissão de Grãos de Alagoas.

Neste cenário de crescimento, Cavalcante destacou a entrada de parte do Sertão de Alagoas no processo produtivo do milho. “Estamos tendo áreas do Sertão com produtividade acima a 7.500 kg. Com isso, acredito que a produção do Estado seja superior as 80 mil toneladas”, reforçou.

Segundo ele, se levada em consideração a demanda do Estado, a produção de 80 mil toneladas de milho não atende ao mercado consumidor alagoano. “A nossa necessidade, de acordo com dados extraoficiais, está em torno de 450 mil a 500 mil toneladas”, destacou.

De acordo com Hibernon, as cotações de milho, desde o início do plantio, em abril, sempre estiveram acima de R$ 80 e chegaram a superar R$ 105. “Agora, oscilou entre R$ 75 e R$ 80. Isso entusiasmou o produtor e resultou em aumento de área e de produtividade”, afirmou.


Feijão

De acordo com o presidente da Comissão de Grãos, o plantio de feijão contou com uma área de 39 mil hectares. “Mas essa área não chegou a ser totalmente colhida. Parte do Sertão teve irregularidade climática, o que diminuiu a produção, que chegou a apenas 16 mil toneladas, tendo uma produtividade de 550 kg por hectare. Esse cenário demonstra que o produtor ainda não está acreditando que feijão é uma excelente oportunidade”, ressaltou ele, lembrando que, em Alagoas, a maioria do feijão é produzida pela agricultura familiar. 

Para Cavalcante, para que a produção de feijão melhore o desempenho no Estado, é necessário o uso de insumos mais modernos na proteção, fertilização e nutrição da planta. “A gente tem muito a crescer com isso e não é aceitável uma produtividade de 550 kg apresentada pelo IBGE”, reforçou.

 

Hibernon reforçou que 2021 teve um emprego maior de tecnologia no campo
Hibernon reforçou que 2021 teve um emprego maior de tecnologia no campo - Foto: Divulgação
 

Soja

Neste ciclo, a soja contou com uma área ampliada para 3.100 hectares, tendo sido colhidas 12.300 toneladas, além de ter registrado uma produtividade de 3.900 kg. “A produtividade e a produção foram boas. Os preços também são bastante convidativos. Observamos ainda que voltou a ser plantada soja em área de consórcio com milho. A repercussão é boa e existe uma tendência de a soja crescer no próximo ano também na área de cana”, anunciou.


Arroz

De acordo com os dados divulgados, o arroz foi cultivado em uma área de 3.300 hectares, tendo uma produtividade de 7.200 kg. “Tivemos um clima que ajudou bastante. Não houve excesso de umidade e alagamentos. Com isso, a produção chegou próxima a 21 mil toneladas, mas que ainda não é suficiente para a gente trabalhar”, finalizou.

Mais matérias
desta edição