Projeto inovador aumenta a produção de tomates em 14 toneladas

Uma pesquisa conduzida pela Embrapa, com apoio da Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti) e da Fundação de Amparo e Apoio à Pesquisa (Fapeal), está revolucionando a produção de tomates no Agreste e Sertão de Alagoas. A iniciativa elevou a produtividade das plantações de 56 para 70 toneladas por hectare, um aumento de 14 toneladas.

O projeto, liderado pela engenheira agrônoma Flávia Teixeira, da Embrapa Hortaliças, tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar e o cultivo orgânico, além de impulsionar o desenvolvimento de tomates híbridos adaptados à região, reduzindo a dependência de importações e garantindo mais sustentabilidade para o estado.

Desde setembro de 2023, a pesquisa conta com um investimento de R$ 500 mil, por meio do edital de Apoio à Pesquisa Fapeal/Embrapa. As lavouras experimentais foram instaladas nos municípios de Arapiraca e Delmiro Gouveia, onde os tomates híbridos da Embrapa vêm demonstrando alta produtividade e resistência genética às principais doenças.

Segundo Flávia Teixeira, o apoio do governo de Alagoas tem sido essencial para o sucesso da pesquisa.

“A Secti tem sido uma grande apoiadora da inovação tecnológica na agropecuária, e o secretário Silvio Bulhões é um defensor da modernização do setor. O apoio da Fapeal também é fundamental para garantir que a tecnologia chegue até os agricultores e fortaleça a cadeia produtiva”, explicou a pesquisadora.

Além de expandir a produção agrícola, o projeto promove a capacitação de extensionistas e produtores locais, além da criação de uma Unidade de Aprendizagem (UA).

O secretário Silvio Bulhões destacou o papel da ciência e tecnologia no fortalecimento da agricultura em Alagoas.

“A pesquisa da Embrapa está ajudando a reduzir os impactos climáticos e a aumentar a eficiência da produção agrícola. Essa é uma ação essencial para um desenvolvimento sustentável e para a segurança alimentar da nossa população”, ressaltou.

As técnicas adotadas incluem uso de telados, cultivo protegido e cobertura de solo (mulching), que minimizam os impactos do estresse térmico do clima semiárido. Ao final do estudo, a expectativa é definir um sistema produtivo eficiente, que ofereça frutos saudáveis aos consumidores e de alto valor comercial para o setor gastronômico.