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quinta-feira, 13/03/2025 | Ano 91 | Nº 5922
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Perigo nas estradas

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Durante longos feriados, incluindo o do Carnaval que se aproxima, as estatísticas demonstram o aumento no número de mortes nas estradas. São feitas campanhas educativas, o policiamento é reforçado, mas mesmo assim, os motoristas insistem em desrespeitar as leis de trânsito e misturam bebida com direção. Alguém já parou para pensar o quanto o País tem de prejuízo com esses acidentes? Sem falar no valor das vidas, que é incalculável, os gastos diretos e indiretos decorrentes desses acidentes são muito elevados. O que fazer, então? Primeiro, os motoristas precisam se conscientizar dos perigos que representa dirigir em altas velocidades efetuando ultrapassagens em locais sem boa visibilidade. Muitas das estradas brasileiras foram projetadas e construídas com excessivo número de curvas, algumas horizontais, outras verticais, e ainda existem aquelas que, ao mesmo tempo, são verticais e horizontais. Os veículos atuais estão, a cada ano, mais potentes. É preciso que o condutor conheça bem os limites de seu automóvel. Além disso, não podemos desprezar as condições de superfícies das rodovias pavimentadas, algumas esburacadas com um baixo índice de serventia. O Brasil precisa inserir nos currículos das escolas, já nos primeiros anos de educação básica, a educação emocional. As crianças de hoje, que serão os adultos no amanhã, têm que aprender como ter autocontrole. Enquanto isso não for levado a sério, não vislumbramos uma solução para o elevado índice de mortes nas estradas. Outro ponto importante é que o governo brasileiro precisa ser mais exigente em relação aos itens de segurança existentes já nos modelos básicos dos veículos. Se na Europa e nos Estados Unidos isso é levado em consideração, aqui, em virtude do preço final do automóvel, equipamentos como um airbag não vêm como itens essenciais (de série). Por outro lado, há ainda o fator geometria da via a considerar. É possível fazer estradas mais seguras, desde que o DNIT e os departamentos de estradas de rodagem criem programas de eliminação de pontos negros. Aquelas rodovias que apresentam mais acidentes em determinados pontos, precisam passar por uma mudança no traçado. Sabemos que é impossível eliminar totalmente os acidentes. Porém, poderemos reduzir e muito os índices. Mas isto somente será conseguido quando fizermos as coisas certas no tempo certo. (*) É engenheiro civil, professor da Ufal, mestre em Administração, palestrante e consultor.

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